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domingo, maio 21, 2006

Movimento negro convoca ato por cotas na USP para próxima terça-feira

((trecho extraído da Folha de São Paulo))
A ONG Educafro convocou representantes dos movimentos negros, estudantes e os cursinhos comunitários para um ato público na USP (Universidade de São Paulo) na próxima terça-feira (23).
Na ocasião, o Conselho Universitário da instituição fará uma sessão especial para discutir propostas de políticas afirmativas.O coordenador da Educafro, frei David Santos, refere-se à manifestação como "Vigília pela Inclusão". Ainda não há uma programação definida, mas as atividades iniciam às 9h e seguem, segundo o frei, "até o final da reunião do conselho".
As propostas que serão discutidas pelo Conselho Universitário não foram divulgadas oficialmente pela Reitoria da USP. Quando assumiu o cargo no fim do ano passado, a reitora Suely Vilela afirmou que uma de suas metas era aumentar o número de alunos oriundos da rede pública na universidade. Nunca falou de um sistema de cotas, mas de pontuação acrescida no vestibular para estes estudantes.A idéia agrada os movimentos sociais.
Frei David ressalva, no entanto, quatro condições para que uma proposta de ação afirmativa aprovada na USP seja "válida"."Tem de ajudar alunos que, primeiro, venham da rede pública; que tenham cursado o Ensino Fundamental e o Médio lá e que venham de famílias cuja renda seja um salário mínimo e meio. E tem de incluir também alunos dos grupos étnico-raciais afro e indígena", disse.

Comentário:
O sistema de "bonificação" (via pontuação acrescida), por ser estudante carenciado, minoria étnica, estudante oriundo da rede pública de ensino, favorece ou desfavorece?
Não sei muito bem se esse é um dos melhores estímulos à inclusão nas Universidades públicas.
O ideal, na minha concepção, seria uma política de fortalecimento dos Ensinos Fundamental e Médio para assim dar iguais condições de acesso à uma Universidade Pública e não um mimo desses...